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5 de setembro de 2015

Análise - O Cemitério


Meus amigos, leitores e leitoras, chegou o dia de trazer para vocês a primeira (de muitas) resenha do nosso site que vai falar de um dos escritores da literatura contemporânea que eu mais aprecio, o Sr. Stephen Edwin King!

Desde que o LifeBar assumiu uma plataforma online e essa sessão de literatura ganhou vida, eu venho escrevendo a princípio sobre as minhas leituras atuais e também sobre livros que me marcaram ao longo da minha jornada de leitor e estudante. Isso significa que as resenhas geralmente rolam sob um aspecto eclético, desde ficção científica, passando por literatura fantástica, horror, aventura até romances policiais e de investigação, que são os gêneros que eu costumo ler com mais freqüência. Em breve também vou montar aqui um quadro onde vou escrever sobre lançamentos e outras coisas do tipo.

E dentro dos meus escritores favoritos e das minhas leituras freqüentes figura este senhor que contribuiu muito para a minha formação de leitor, e que portanto teria sua aparição aqui cedo ou tarde. King para muitos é conhecido como escritor de terror, embora também trabalhe com romances que viajam pelo universo da ficção científica e da fantasia, e o livro que preenche a resenha de hoje é um dos que mais alavancou a carreira e reputação do autor bem como o meu respeito pessoal pelo mesmo.

Publicado originalmente em 1983, O Cemitério, cujo título em inglês é Pet Sematary, foi recentemente revisado e republicado no Brasil através do selo Suma das Letras, onde ganhou edição e capa nova.

"O Cemitério - Louis Creed, jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar naquela pequena cidade do Maine. Uma casa boa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos. Num dos primeiros passeios para explorar a região, conhece um cemitério no bosque próximo à sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação. Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras. Um universo dominado por forças estranhas capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível. A princípio, Louis se diverte com as histórias fantasmagóricas do velho vizinho Crandall. Só aos poucos começa a perceber que o poder de sua ciência tem limites. Prepare-se para páginas de puro pavor. Em uma de suas mais terríveis histórias, Stephen King mostra como a dor e a loucura, muitas vezes, dividem a mesma estrada."

O meu primeiro contato com a obra foi há alguns anos, nos primórdios da minha inserção no mundo literário, e foi uma grande alavanca no que diz respeito a me estimular para novas leituras. Incluindo novas leituras do próprio King.

A trama tem uma ambientação muito forte, que mexe com o psicológico e as emoções do leitor desde a primeira página. Desde o início é possível notar que existe um fator estranho envolvido, algo de incomum acontecendo, que não estamos diante de uma situação natural. Apesar disso o narrador opta por deixar o suspense predominar, não revelando mais do que o leitor precisa saber a cada momento e deixando-o instigado a investigar e descobrir mais, até que finalmente se depara com algo grande. A leitura se sustenta por si só e mantém a atenção em uma constante.

O texto e a forma como é construído torna-o carregado de tensão e uma expectativa crescente, o que é uma característica comum nas obras do escritor, contribuindo muito para o aspecto de terror e suspense. Tanto a própria trama como a história individual dos personagens não deixam pontas soltas, e são dotados de uma profundidade muito rica. Louis e Rachel, principalmente, são personagens que tem muito a oferecer, intercalando os eventos da trama com flash backs e lembranças de um passado interessante que acaba somando muito para o desfecho atual. Passado e presente funcionam em conjunto, dando à obra uma boa base de sustentação.

Destaque para a personagem Zelda, irmã de Rachel, que apesar de existir apenas na memória desta última, é um dos fatores de impulso da trama, assombrando-a e transformando totalmente o seu comportamento e personalidade.

Leitores de terror normalmente apreciam longas-metragens que trabalham nessa mesma linha de ambientação, que existem em abundância em indivíduos como Hittcock e Kubric, este último responsável pela adaptação mundialmente conhecida de O Iluminado, também da obra homônima de King. Em filmes como esses, temos o adicional que o cinema nos oferece para experimentar a história com outros sentidos e com uma dinâmica maior, o que geralmente é sua vantagem sobre a literatura. No entanto, O Cemitério não fica para trás nesse sentido e sua atmosfera ao longo de todo o livro insere o leitor ao lado de Lou Creed e Jud Crandall proporcionando uma experiência de leitura divertida e assustadora.

Em 1989 rolou uma adaptação cinematográfica da obra que até hoje divide opiniões, a maioria delas sugerindo que a qualidade do longa é questionável.

Amigos, O Cemitério de Stephen King é uma recomendação interessante para leitores de todo tipo, bem como um convite para conhecer um autor que tem um estilo próprio muito bacana. Quem já conhece, quem vier a conhecer e quem quiser contar sua própria experiência com o livro, não esqueçam de escrever para nós na sessão de comentários aqui em baixo e, mais importante, lembrem-se de jamais visitar o cemitério de bichos.

Nota: 10/10


Stephen King já escreveu mais de quarenta romances e duzentos contos,  recebeu a medalha da National Book Foundation, pela sua contribuição à literatura norte-americana. Em 2007, foi nomeado Grande Mestre dos Escritores de Mistério dos Estados Unidos. Alguns de seus Best-sellers mais conhecidos são a série A Torre Negra e o romance O Iluminado. O autor vive em Bangor, no Maine, EUA, com a esposa e romancista Tabitha King.


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Por: Everton Missiagia

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