Meus amigos, leitores e
leitoras, chegou o dia de trazer para vocês a primeira (de muitas) resenha do
nosso site que vai falar de um dos escritores da literatura contemporânea que
eu mais aprecio, o Sr. Stephen Edwin
King!
Desde que o LifeBar assumiu
uma plataforma online e essa sessão de literatura ganhou vida, eu venho
escrevendo a princípio sobre as minhas leituras atuais e também sobre livros
que me marcaram ao longo da minha jornada de leitor e estudante. Isso significa
que as resenhas geralmente rolam sob um aspecto eclético, desde ficção
científica, passando por literatura fantástica, horror, aventura até romances
policiais e de investigação, que são os gêneros que eu costumo ler com mais
freqüência. Em breve também vou montar aqui um quadro onde vou escrever sobre
lançamentos e outras coisas do tipo.
E dentro dos meus escritores
favoritos e das minhas leituras freqüentes figura este senhor que contribuiu
muito para a minha formação de leitor, e que portanto teria sua aparição aqui
cedo ou tarde. King para muitos é conhecido como escritor de terror, embora
também trabalhe com romances que viajam pelo universo da ficção científica e da
fantasia, e o livro que preenche a resenha de hoje é um dos que mais alavancou
a carreira e reputação do autor bem como o meu respeito pessoal pelo mesmo.
Publicado originalmente em
1983, O Cemitério, cujo título em
inglês é Pet Sematary, foi recentemente revisado e
republicado no Brasil através do selo Suma
das Letras, onde ganhou edição e capa nova.
"O Cemitério - Louis Creed, jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar naquela pequena cidade do Maine. Uma casa boa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos. Num dos primeiros passeios para explorar a região, conhece um cemitério no bosque próximo à sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação. Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras. Um universo dominado por forças estranhas capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível. A princípio, Louis se diverte com as histórias fantasmagóricas do velho vizinho Crandall. Só aos poucos começa a perceber que o poder de sua ciência tem limites. Prepare-se para páginas de puro pavor. Em uma de suas mais terríveis histórias, Stephen King mostra como a dor e a loucura, muitas vezes, dividem a mesma estrada."
O meu primeiro contato com a
obra foi há alguns anos, nos primórdios da minha inserção no mundo literário, e
foi uma grande alavanca no que diz respeito a me estimular para novas leituras.
Incluindo novas leituras do próprio King.
A trama tem uma ambientação
muito forte, que mexe com o psicológico e as emoções do leitor desde a primeira
página. Desde o início é possível notar que existe um fator estranho envolvido,
algo de incomum acontecendo, que não estamos diante de uma situação natural.
Apesar disso o narrador opta por deixar o suspense predominar, não revelando
mais do que o leitor precisa saber a cada momento e deixando-o instigado a
investigar e descobrir mais, até que finalmente se depara com algo grande. A
leitura se sustenta por si só e mantém a atenção em uma constante.
O texto e a forma como é
construído torna-o carregado de tensão e uma expectativa crescente, o que é uma
característica comum nas obras do escritor, contribuindo muito para o aspecto
de terror e suspense. Tanto a própria trama como a história individual dos
personagens não deixam pontas soltas, e são dotados de uma profundidade muito
rica. Louis e Rachel, principalmente, são personagens que tem muito a oferecer,
intercalando os eventos da trama com flash backs e lembranças de um passado
interessante que acaba somando muito para o desfecho atual. Passado e presente
funcionam em conjunto, dando à obra uma boa base de sustentação.
Destaque para a personagem
Zelda, irmã de Rachel, que apesar de existir apenas na memória desta última, é
um dos fatores de impulso da trama, assombrando-a e transformando totalmente o
seu comportamento e personalidade.
Leitores de terror
normalmente apreciam longas-metragens que trabalham nessa mesma linha de
ambientação, que existem em abundância em indivíduos como Hittcock e Kubric,
este último responsável pela adaptação mundialmente conhecida de O Iluminado, também da obra homônima de
King. Em filmes como esses, temos o adicional que o cinema nos oferece para
experimentar a história com outros sentidos e com uma dinâmica maior, o que
geralmente é sua vantagem sobre a literatura. No entanto, O Cemitério não fica para trás nesse sentido e sua atmosfera ao
longo de todo o livro insere o leitor ao lado de Lou Creed e Jud Crandall
proporcionando uma experiência de leitura divertida e assustadora.
Em 1989 rolou uma adaptação
cinematográfica da obra que até hoje divide opiniões, a maioria delas sugerindo
que a qualidade do longa é questionável.
Amigos, O Cemitério de Stephen King é
uma recomendação interessante para leitores de todo tipo, bem como um convite
para conhecer um autor que tem um estilo próprio muito bacana. Quem já conhece,
quem vier a conhecer e quem quiser contar sua própria experiência com o livro,
não esqueçam de escrever para nós na sessão de comentários aqui em baixo e,
mais importante, lembrem-se de jamais visitar o cemitério de bichos.
Nota: 10/10
Stephen
King já escreveu mais de quarenta romances e duzentos contos, recebeu a medalha da National Book Foundation,
pela sua contribuição à literatura norte-americana. Em 2007, foi nomeado Grande
Mestre dos Escritores de Mistério dos Estados Unidos. Alguns de seus
Best-sellers mais conhecidos são a série A Torre Negra e o romance O Iluminado.
O autor vive em Bangor, no Maine, EUA, com a esposa e romancista Tabitha King.
Gostou da resenha?
Compartilhe! Elogios, críticas, sugestões e qualquer outro comentário podem ser
feitos na sessão de comentários de cada post ou enviados para o e-mail lifebarcast@outlook.com.
• Siga-nos no Twitter - @LifeBarEnt
• Acesse nosso site - www.lifebarentretenimento.com.br
• Curta a página do Facebook - https://www.facebook.com/lifebarcast
• Contate-nos pelo e-mail - lifebarcast@outlook.com
Ainda não conhece o nosso
podcast? O LifeBarCast, feito pela
equipe do blog, sai quinzenalmente e discute temas variados em Literatura,
Cinema, HQ/Mangá e Games. Não esqueça de baixar os episódios no nosso site e
enviar seus comentários!
Por: Everton Missiagia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente com cuidado. Estamos de olho.