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1 de setembro de 2015

Análise - Resident Evil: A Conspiração Umbrella


Senhoras e senhores, leitores da família LifeBar, uma ótima noite para vocês de conspiração, suspense, terror, nervos à flor da pele e uma grande ameaça que se aproxima com a nossa mais nova resenha que chega nesse momento trazendo um banquete de nostalgia com a autora S.D. Perry e o livro Resident Evil: A Conspiração Umbrella!


Normalmente, quem ficaria responsável da nossa equipe por escrever sobre a categoria de games old school é o Vitor Oliveira, aquele que vocês conhecem como quem normalmente apresenta o podcast do nosso site (se ainda nçao conhece o programa, confira a lista de episódios lançados aqui). Eu, entretanto, que assim como ele me deparei recentemente com essa obra magnífica que não pude deixar de conhecer, pretendo abordar sumariamente alguns pontos elementares referentes à franquia de games Resident Evil, essencialmente o primeiro deles, para contextualizá-los a respeito do livro da autora que estaremos discutindo na resenha de hoje.

Em meados de 1996, uma galera do Japão teve a idéia de criar um game que retratava uma sociedade ameaçada por um poderoso agente biológico — popularmente conhecido como T-Vírus — resultado de uma pesquisa secreta envolvendo cobaias humanas que, após um acidente de laboratório, foram transformadas em zumbis carnívoros e assassinos, desprovidos de inteligência e controle. Mortos-vivos comedores de gente no ambiente macabro de uma mansão onde o suspense é aquele que fala mais alto enquanto o jogador luta para sobreviver e suportar a tensão: hoje pode ser um clichê, mas há 20 anos a proposta inovou e bombou quase instantaneamente.

Esse era o terreno onde pisaram pela primeira vez os icônicos personagens Albert Wesker (inimigo comum que acompanha os protagonistas até hoje), Jill Valentine (que mais tarde ficaria imortalizada em Resident Evil 3, fugindo do nosso amigo Nêmesis), e Chris Redfield, que tem ressurgido nos novos jogos da franquia, sendo os dois últimos as opções que o jogador poderia escolher, cada uma com um ponto de vista na história.

Controvérsias à parte, o enredo original certamente é atrativo e rendeu doses de diversão e nervosismo para mais de uma geração, ramificando-se em uma franquia grande de vários outros jogos.

Em Resident Evil: A Conspiração Umbrella, da escritora americana S.D. Perry, a trama do primeiro game da série foi transportada para a literatura e é apresentada contando em detalhes todos os eventos que levam desde ao envolvimento do famoso esquadrão S.T.A.R.S com os assassinatos na cidade de Raccon City até o clímax que ocorre dentro da mansão Spencer, palco da maior parte da história. A autora descreve o primeiro relacionamento dos personagens principais e o plano de fundo da conspiração da corporação Umbrella, o surgimento do T-Vírus e tudo o que rola dentro da mansão, revisitando nas páginas todos os lugares por onde o jogador precisa passar durante o game. O texto é atrativo, conquista o leitor com facilidade e sua maior aposta é no ritmo enérgico da tentativa de sobrevivência mesclado com uma atmosfera de horror e suspense que é um marco da franquia.

É válido ressaltar que o livro, enquanto obra literária, oferece uma coisa bacana que muitas vezes o game não possui: a possibilidade de conhecer em minúcias a própria trama e também os personagens que nela participam. A narrativa, enquanto segue a ordem de acontecimentos do jogo, também retrata o espaço pessoal de cada personagem, jogando para o leitor detalhes particulares que podem não apenas contribuir para o entendimento da história como tornar a leitura mais divertida. Afinal, sempre existiu um quê de curiosidade para saber o que Jill, Chris e Barry faziam quando não estavam atirando em zumbis.

Ultimamente tem sido comum que escritores trabalhem em adaptações de games para a literatura, como Assassins Creed e God of War, numa tentativa de chamar a atenção de fãs old school que podem conhecer novamente a história por uma ótica diferente bem como atrair novos fãs que podem vir a jogar os games através das obras literárias. Fato é que, apesar de dividir opiniões, os livros que surgem através de jogos tem conquistado seu espaço com velocidade. Para quem gosta de videogame e literatura, as adaptações com certeza dão uma cara nova para a obra, proporcionando uma experiência totalmente diferente que vale a pena.

É isso, queridos leitores e leitoras, a nossa resenha de hoje fica por aqui. Recomendo que leiam o livro e comentem suas próprias impressões aqui na nossa sessão de comentários, assim como o que cada um pensa sobre as adaptações entre essas duas mídias que estão supostamente tão distantes uma da outra.
Para os leitores interessados, o podcast do nosso site, o LifeBar Cast, teve como piloto um programa sobre Resident Evil 1 de PS1, onde falamos sobre tudo o que rola no game desde a produção até a jogabilidade e curiosidades. Você pode ouvi-lo clicando aqui.

Personagens principais da obra:
— Chris Redfield                                             — Jill Valentine
— Barry Burton                                               — Albert Wesker
— Rebecca Chambers                                   — Brad Vickers




Nota : 8




S. D. Perry é autora de várias séries famosas como Aliens, Alien VS Predador e Star Strek. Perry também escreveu os romances inspirados nos filmes Timecop e Vírus. É filha do escritor de Best-sellers de ficção científica Steve Perry e mora em Portlando, no estado norte-americano do Oregon, com o marido e dois filhos.

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Por: Everton Missiagia

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