Prince of Persia surgiu em 1989 –
em tempos em que as equipes de produção eram mínimas – e deixaria seu legado na
historia dos videogames para todo o sempre. Lançado para a maior parte dos
microcomputadores clássicos, ele deixou para o mundo o legado da rotoscopia, do
realismo (na medida do possível), e o desafio à frente do seu tempo. Prince of
Persia é clássico em cada um dos seus doze níveis.
O jogo é uma criação de Jordan
Mechner – que também é o criador do jogo Karateka – junto com a Brøderbund,
produtora do jogo. O jogo ainda teve
distribuição da Konami posteriormente em algumas regiões. O jogo surgiu para o Apple [] e passou pelos micros da
Commodore e para o IBM-PC, o que lhe rendeu bastante popularidade nas
plataformas que passou.
Jordan usou captura de movimentos
através do rotoscópio – e você pode conferir o vídeo na integra clicando aqui –
que trazia a ideia de desenhar sprites através de um movimento humano mais
fluido. Embora a maior parte dos animadores da época fossem puristas e preferisse
desenhar sprites puros, o uso da rotoscopia foi essencial para que a animação
do jogo – que tentava na medida do possível ser realista - se tornasse o mais
natural possível.
O roteiro do jogo é bem simples –
você é o amante da princesa que foi raptada pelo sultão Jaffar (Calma, não é aquele Jaffar), que dá para a princesa
sessenta providenciais minutos até que ela dê o ultimato de se casar ou não com
ele. Você como um bom amante e um príncipe digno, escapa da prisão na qual foi
jogado e tem uma hora para impedir que o casamento ocorra. Sim, uma hora para
chegar no “fale agora ou cale-se para
sempre” e realizar aquele seu desejo antigo de falar alguma coisa nessa
hora.
Acostume-se... |
O jogo é dividido em doze níveis,
que possuem um level design simples –
mas que se tornam complicados devido à jogabilidade – e que se repetem por
diversas vezes ao longo do jogo. Embora a similaridade dos cenários possa ser
um problema, os puzzles pelo quais você passa ao longo da partida tornam os
níveis diferentes e de certa forma até mesmo únicos. Passar pelo primeiro nível
certamente é muito mais simples e exige muito menos atenção do que passar pelo
décimo primeiro, certamente.
A parte fraca de Prince of Persia
é o ponto baixo do jogo. Embora seja injusto criticar a pequeníssima equipe de
produção do jogo, que teve muito trabalho para produzir o jogo como um todo, a
equipe não se preocupou em quase nada com a trilha sonora. Eventualmente
houve-se um clique ou um som de agonia quando você morre, mas o jogo como um
todo é um tanto vazio.
O destaque é a de sua jogabilidade.
Os primeiros vinte minutos de Prince of Persia em sua vida serão complicados e
quase que certamente te faram desistir. Não desista, a jogabilidade é intuitiva
a ponto de que você saiba que após algum tempo você saiba inibir aquele passo a
mais. O jogo pode passar a impressão de que você não tem controle total sobre o
personagem, e em parte isso é verdade – mas essa é a parte interessante. Você
passa a compreender as mecânicas e saber o que você pode e deve fazer em cada
desafio ou ladeira a sua frente.
Você não irá longe se insistir que o príncipe tem o poder de freiar no ar como o Mario. A pegada de Prince of Persia é outra. O jogo ainda conta com combates simples de espada para ajudar na quebra da repetição. Os combates tornam-se mais importantes com o passar dos níveis, ponto positivo para um jogabilidade que a primeira vista parecer se quase a de um jogo plataforma, e é um ponto positivo. O problema é justamente o que já foi citado - quantos foram desacreditados a jogar pelos primeiros minutos? Muitos, e esse pode ser um problema grande em um jogo, e em Prince não é algo que vá custar o jogo, mas que afasta alguns jogadores mal acostumados.
Você não irá longe se insistir que o príncipe tem o poder de freiar no ar como o Mario. A pegada de Prince of Persia é outra. O jogo ainda conta com combates simples de espada para ajudar na quebra da repetição. Os combates tornam-se mais importantes com o passar dos níveis, ponto positivo para um jogabilidade que a primeira vista parecer se quase a de um jogo plataforma, e é um ponto positivo. O problema é justamente o que já foi citado - quantos foram desacreditados a jogar pelos primeiros minutos? Muitos, e esse pode ser um problema grande em um jogo, e em Prince não é algo que vá custar o jogo, mas que afasta alguns jogadores mal acostumados.
Prince of Persia é uma obra
consistente – e embora não seja para todos os gostos e sua jogabilidade possa
ter envelhecido um pouco, vale a pena contextualizar e saber o quão bom e
querida era em seu tempo. O som desagrada pelo seu vazio, e embora seja digno
de nota, não é capaz de afastar quem queira deleitar-se ao jogo. Você terá no mínimo
sessenta minutos de diversão e de um desafio considerável e atemporal – quantos
jogos de hoje vão ser considerados inovadores daqui a vinte e cinco anos? Não
sabemos, mas do passado podemos falar de Prince of Persia.
Nota final: 7.0/10
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