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1 de agosto de 2015

Análise - Prince of Persia (1989)



Prince of Persia surgiu em 1989 – em tempos em que as equipes de produção eram mínimas – e deixaria seu legado na historia dos videogames para todo o sempre. Lançado para a maior parte dos microcomputadores clássicos, ele deixou para o mundo o legado da rotoscopia, do realismo (na medida do possível), e o desafio à frente do seu tempo. Prince of Persia é clássico em cada um dos seus doze níveis.

O jogo é uma criação de Jordan Mechner – que também é o criador do jogo Karateka – junto com a Brøderbund, produtora do jogo.  O jogo ainda teve distribuição da Konami posteriormente em algumas regiões. O jogo surgiu para o Apple [] e passou pelos micros da Commodore e para o IBM-PC, o que lhe rendeu bastante popularidade nas plataformas que passou.

Jordan usou captura de movimentos através do rotoscópio – e você pode conferir o vídeo na integra clicando aqui – que trazia a ideia de desenhar sprites através de um movimento humano mais fluido. Embora a maior parte dos animadores da época fossem puristas e preferisse desenhar sprites puros, o uso da rotoscopia foi essencial para que a animação do jogo – que tentava na medida do possível ser realista - se tornasse o mais natural possível.

O roteiro do jogo é bem simples – você é o amante da princesa que foi raptada pelo sultão Jaffar (Calma, não é aquele Jaffar), que dá para a princesa sessenta providenciais minutos até que ela dê o ultimato de se casar ou não com ele. Você como um bom amante e um príncipe digno, escapa da prisão na qual foi jogado e tem uma hora para impedir que o casamento ocorra. Sim, uma hora para chegar no “fale agora ou cale-se para sempre” e realizar aquele seu desejo antigo de falar alguma coisa nessa hora.
Acostume-se...
O jogo é dividido em doze níveis, que possuem um level design simples – mas que se tornam complicados devido à jogabilidade – e que se repetem por diversas vezes ao longo do jogo. Embora a similaridade dos cenários possa ser um problema, os puzzles pelo quais você passa ao longo da partida tornam os níveis diferentes e de certa forma até mesmo únicos. Passar pelo primeiro nível certamente é muito mais simples e exige muito menos atenção do que passar pelo décimo primeiro, certamente.

A parte fraca de Prince of Persia é o ponto baixo do jogo. Embora seja injusto criticar a pequeníssima equipe de produção do jogo, que teve muito trabalho para produzir o jogo como um todo, a equipe não se preocupou em quase nada com a trilha sonora. Eventualmente houve-se um clique ou um som de agonia quando você morre, mas o jogo como um todo é um tanto vazio.

O destaque é a de sua jogabilidade. Os primeiros vinte minutos de Prince of Persia em sua vida serão complicados e quase que certamente te faram desistir. Não desista, a jogabilidade é intuitiva a ponto de que você saiba que após algum tempo você saiba inibir aquele passo a mais. O jogo pode passar a impressão de que você não tem controle total sobre o personagem, e em parte isso é verdade – mas essa é a parte interessante. Você passa a compreender as mecânicas e saber o que você pode e deve fazer em cada desafio ou ladeira a sua frente.


Você não irá longe se insistir que o príncipe tem o poder de freiar no ar como o Mario. A pegada de Prince of Persia é outra. O jogo ainda conta com combates simples de espada para ajudar na quebra da repetição. Os combates tornam-se mais importantes com o passar dos níveis, ponto positivo para um jogabilidade que a primeira vista parecer se quase a de um jogo plataforma, e é um ponto positivo. O problema é justamente o que já foi citado - quantos foram desacreditados a jogar pelos primeiros minutos? Muitos, e esse pode ser um problema grande em um jogo, e em Prince não é algo que vá custar o jogo, mas que afasta alguns jogadores mal acostumados.


Prince of Persia é uma obra consistente – e embora não seja para todos os gostos e sua jogabilidade possa ter envelhecido um pouco, vale a pena contextualizar e saber o quão bom e querida era em seu tempo. O som desagrada pelo seu vazio, e embora seja digno de nota, não é capaz de afastar quem queira deleitar-se ao jogo. Você terá no mínimo sessenta minutos de diversão e de um desafio considerável e atemporal – quantos jogos de hoje vão ser considerados inovadores daqui a vinte e cinco anos? Não sabemos, mas do passado podemos falar de Prince of Persia.


Nota final: 7.0/10

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Por: Vitor Oliveira

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