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31 de julho de 2015

Resenha - Sete Ossos e Uma Maldição


Boa tarde, senhores e senhoras, leitores e leitoras do Lifebar!

Assim como tenho feito desde o início da sessão de literatura aqui do nosso blog, a cada leitura que termino é produzida uma resenha comentando sobre a obra e contando para vocês um pouco da minha experiência durante a leitura. Naturalmente, nosso site ainda está passando pelo processo de mitose, reproduzindo suas células e crescendo na medida em que vocês (assim esperamos) dão uma olhada no nosso trabalho e fazem as devidas críticas e observações. De modo que, enquanto ainda não temos uma sessão de literatura com mais estrutura, eu procurei investir no quesito Resenha diversificando em gênero, estilo de escrita, nacionalidade do autor etc.

Na última semana, eu tive contato com o primeiro livro que li em minha vida de leitor (oh!) e não pude resistir à vontade lê-lo novamente, para relembrar os velhos tempos de girino literário. Aliado a isso, nasceu a possibilidade de resenhá-lo para vocês, para compartilhar a minha relação com esta obra que marcou muito o meu desenvolvimento nos anos seguintes. Portanto, aí vai uma resenha rápida:

"Este livro de Rosa Amanda Strausz traz onze contos que fazem qualquer um sentir um friozinho cortante percorrer a espinha. Mas o medo aqui não paralisa, pelo contrário, só faz crescer a vontade de chegar à página seguinte, o que exige fôlego. Um prato cheio para quem curte histórias de terror e mistério - e qual é a criança ou o jovem que não curte? - e um bom começo para os iniciantes neste tipo de literatura. Em 'Sete ossos e uma maldição', não há sangue espirrando nem miolos saltando, como informa de antemão a orelha do livro. Nada explícito ou de mau gosto. Nele, a imaginação do leitor se encarrega de formar as cenas macabras forjadas através de um texto elegante. E é exatamente esse terror sugerido, literatura fantástica da melhor qualidade, que o torna tão atraente. O primeiro conto, "Crianças à venda. Tratar aqui", pega o leitor de primeira e dá o tom do que virá a seguir. A dúvida é uma constante. Vai ficando cada vez mais difícil dizer exatamente o que é e o que não é, o real e o sobrenatural se misturam numa atmosfera fascinante. O conto que dá nome ao livro também surpreende o leitor ao explicar o que são afinal os sete ossos e a maldição do título, aliás, uma história sinistra, como diriam os jovens leitores."

Sete Ossos e Uma Maldição é um bom livro para dois tipos de pessoas em especial: amantes de literatura de horror e pessoas que querem começar a ler. Por ser uma coletânea de contos que não tem uma linguagem carregada de vocábulos e palavras densas, o livro é uma boa pegada para quem quer ingressar no mundo da literatura, através das histórias contadas de maneira a levar o leitor a dar asas à imaginação e compartilhar a tensão dos personagens. Com uma narrativa corrida e sem engasgos cansativos, a obra é perfeita para iniciantes literários.

Por outro lado, leitores mais experientes que gostem de uma boa história de terror também encontrarão um espaço confortável no livro de Strauzs, com contos que quebram totalmente o mito de que brasileiros não sabem escrever ficção de horror e suspense. Escrito com leveza, desenvolvimento e um senso de clímax aterrorizante, o livro certamente merece um espaço na estante do leitor afeiçoado por este gênero. O deleite é garantido.

Naturalmente, a minha indicação também fica para qualquer leitor interessado, e não apenas para os dois grupos citados acima. São contos construídos com o objetivo de atingir o medo e levar o observador externo para dentro de ambientes macabros e situações de tensão extrema. A expectativa no decorrer de cada conto é recompensada por clímax extraordinários.

Um aspecto do livro que talvez possa ser considerado negativo é que não há uma profundidade de cunho filosófico e/ou crítico crescente durante as narrativas, uma vez que os contos são escritos com um objetivo específico. Leitores com uma bagagem mais extensa talvez acabem notando esse detalhe. 

Embora não seja muito conhecida (pelo menos dentro do que podemos chamar de “literatura pop brasileira”), Rosa Amanda Strausz é uma escritora que merece um destaque particular. Acredito que muitos leitores podem ter experimentado a mesma ligação que eu possuo com a autora, e que muitos outros ainda possam alcançá-la.


"A jornalista Rosa Amanda Strausz nasceu no Rio de Janeiro, em 1959. Estreou na literatura com o premiado livro de contos Mínimo Múltiplo Comum, em 1991. Logo, porém, a carreira de escritora para adultos foi interrompida pela descoberta de um novo talento – a de escrever para jovens e crianças. Desde então, lançou mais de uma dezena de títulos infanto-juvenis, entre eles Mamãe trouxe um lobo para casa, Deus me livre!, Alecrim, Uólace e João Vitor e Sete ossos e uma maldição."



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