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29 de julho de 2015

Análise - Giant Killing


Giant Killing é o tipo de obra que não vai te deixar pilhado a maior parte do tempo, e pode eventualmente tornar-se maçante. Por outro lado, a forma como a obra traz para cada uma de suas páginas o esporte mais popular do mundo, será o suficiente para prendê-lo. Sem formulas mágicas consagradas como a de Captain Tsubasa – Giant Killing é futebol na medida certa.

Lançado em 2007, e com publicação ainda em andamento, Giant Killing é um mangá de futebol que busca ser mais realista do que as contrapartes comuns. Sem super chutes, sem bicicletas de quatro metros e nem campos de dois quilômetros – o diferencial é trazer ao fã o mundo do futebol de forma quase fiel, e com a emoção que apenas o mangá poderia proporcionar.



A história gira em torno do treinador Tatsumi Takeshi e do time East Tokyo United, que viveu seu auge uma década antes dos acontecimentos da história e que hoje não passa da sombra do time que um dia já foi. Ao ser recontratado, Tatsumi é a esperança para que o time se levante e saia da iminência da segunda divisão. Vitorioso na Inglaterra como treinador, Tatsumi vê em Tsubaki, um jovem volante, a imagem de si mesmo e passa a guia-lo ao estrelato no time.

Giant Killing – expressão usada na Inglaterra para a derrota de times grandes por times de pouca expressão – traz todas as situações possíveis do futebol. A pressão de uma grande estreia, o gol sofrido nos acréscimos, as crises internas de um jogador ou mesmo de um clube. O autor ainda retrata as formas de fanatismos, modismos e a forma como torcedores comuns e torcedores organizados se relacionam. Tudo para que você se identifique dentro da história.

Uma das poucas críticas cabíveis ao mangá é que ele é demasiado conveniente – para demonstrar às situações que um jogador irá passar ao longo de sua jornada, o autor simplesmente as coloca dentro de campo de forma quase sequencial. Em um jogo um gol contra, no jogo seguinte o gol da vitória e no próximo o retorno do dono da posição. Embora seja normal que o autor use desses artifícios – já que ele não tem tanto tempo ou espaço para contar sua história – ele pode soar conveniente demais para o roteiro, e pode parecer que o jogador está vivendo todas as situações dentro de poucos jogos. O destaque positivo é que os personagens são ambientados e lembram de fato um jogador de futebol. Por tanto, prepare-se para encontrar jogadores do mais humilde ao mais arrogante, do mais confiante ao mais displicente – exatamente como deve ser.  


Giant Killing é um dos melhores mangás relacionados ao esporte. Seu estilo narrativo que foge de um jogo para adolescentes e se aplica aos fãs do esporte – afinal, é o esporte mais famoso da terra. Embora as conveniências existam, não é um problema capaz de afastar o leitor do mangá, e alguns até mesmo defendem. Giant Killing no final é grande como um mangá de esporte e que está no meio de algumas falhas e fios desfiados, mas nenhum deles está de fato solto. O mangá se empenha em mostrar além das quatro linhas e tem traços lindíssimos e algumas das melhores full-arts que você verá por ai. Fã de futebol? Fã de mangá? Obrigatório.



Nota final: 8.5/10

*Giant Killing conta ainda com um anime, mas o atualmente o mesmo foi descontinuado no episódio 26. A matéria como um todo é com relação ao mangá.


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Por: Vitor Oliveira

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