SLIDER

  • O avô das viagens temporais
  • Antecipados e aguardados
  • Rick Deckard não é humano (!?)
  • Você já refletiu hoje?
  • A melhor versão da Ameaça Fantasma
  • Analisando um verdadeiro blockbuster
  • Muito mais que um clássico
  • O icônica mangá de Togashi!
  • O Metroidvania definitivo!
  • Lutas colossais e violência
  • Uma ótima aventura poligonal.

19 de janeiro de 2015

Análise - Space Harrier (Arcade)



Existem jogos que simplesmente são atemporais, assim como há o lado oposto da moeda – aqueles que não resistiram ao limbo por sua geração. Claro, existem exceções e alguns se perdem no tempo simplesmente por não terem uma continuidade digna, seja em game ou em marketing. Muitos grandes títulos se perderam com o tempo e foram esquecidos. Ou quase esquecidos.




Space Harrier foi um dos muitos grandes jogos de árcade da SEGA nos anos oitenta. Em uma época de ouro, com jogos como os clássicos Golden Axe, Alteread Beast e Shinobi, a empresa criou um árcade muito aquém de seu tempo. Space Harrier seria o ás da SEGA naquele ano.

 Lançado em 1985, Space Harrier trazia gráficos 16-bits com Super Scale (tecnologia equivalente da sega para o Sprite Scale) nunca vistos antes em qualidade similar, trazia pela primeira vez controles analógicos decentes – diferentemente do falho do Atari 5200 – e um framerate que só seria executado com perfeição quase uma década após seu lançamento.

Sim, é hora de percorrermos o espaço de Fantasy Zone.

- Gráficos



Os gráficos de Space Harrier utilizam do efeito de Super Scale – que é da SEGA, em outras utilizações é conhecido como Sprite Scale – que é para os leigos, uma tecnologia similar a usada nos games de corrida dos 16-bits, como OutRun ou mesmo Mario Kart do SNES.

O jogo possui gráficos belíssimos e mesmo com a velocidade do jogo, pouco da qualidade gráfica é afetada – e muito disso deve-se até mesmo pela simplicidade dos produtores em criar um jogo consistentemente bonito e sem exageros – o chão do jogo é xadrez o tempo todo e utiliza apenas o palette swap, ou seja, apenas troca a cor.

Os inimigos são construídos de forma simples, e embora sejam visivelmente fracionados em partes que estão sincronizadas de uma forma simples, são bonitos e seu sincronismo raramente é afetado. A parte gráfica dos inimigos também está recheada de eventuais trocas de cores para aumentar a gama de inimigos, mas é algo tão comum para época que custa muito tirar alguns pontos do jogo.

Sem nenhum erro relevante, sabe usar a potência do arcade. – 10/10


- Trilha sonora



Verdade seja dita – Space Harrier não tem mais do que uma música relevante, e é justamente a
música que toca durante todo o jogo. Acredite, ela de fato é uma música chiclete que irá perturbar sua cabeça durante um bom tempo - talvez o grande mérito tenha sido criar uma composição capaz de segui-lo durante quase duas horas de jogo sem ter vontade de desligar o áudio.

A cereja do bolo é bem pequena, mas é algo para ser citado. Space Harrier possui algumas vozes – como o clássico “Welcome to the Fantasy Zone! Get Ready! – que soam tão cristalinas que é difícil dizer que se trata de uma voz digitalizada em 1985. São poucos os momentos em que temos falas, mas todas valem a pena.

Som com dignidade, cristalino e chiclete. – 08/10


- Gameplay


Bonus Stage

O gameplay do jogo é simples – e o melhor, funciona extremamente bem. Harrier carrega uma arma que é disparada ao comando do jogador, e o controle analógico permite que ele corra pelo chão, dando vantagem contra certos adversários e desvantagem contra outros, ou que voe por Fantasy Zone enquanto atira.

Certos inimigos raramente serão derrotados pelo ar, e outros certamente também não serão por terra. Como em geral os inimigos possuem apenas um ponto fraco, que nas criaturas maiores é a cabeça, e nas menores o corpo todo é válido – a jogabilidade flui tranquila e simples. O jogador é dotado de controle total do personagem, e jamais perderá por culpa da máquina. Esse é um mérito inquestionável.

Embora seja de 1985, o jogo não possui a famigerada morte instantânea, que ainda existe em alguns FPS das gerações mais recentes, por exemplo. O jogo lhe dá liberdade de até mesmo fugir, desde que seja hábil a desviar dos adversários – excetuando claro, os chefes de cada uma das dezoito fases do game.

A dificuldade do jogo, embora os controles colaborem para uma partida que dependa mais do jogador do que da própria máquina, é grande. Os jogos de árcades tradicionalmente são feitos para roubar suas fichas, e Space Harrier não fica para trás. Cada ficha lhe dá três vidas – e acredite, não será capaz de fazer isso tão cedo. Shenmue, clássico do Dreamcast, possui esse jogo para ser jogado in-game, e é necessário fechá-lo com uma ficha para conquistar um dos prêmios do jogo – boa sorte aos envolvidos.

- Fluidez com controle perfeito, dificuldade árcade pra roubar fichas. 08/10


- Considerações finais.




Um clássico não tão conhecido por aqui – talvez pelo seu árcade ser um trambolho, e certamente bem caro – mas que deveria ser jogado por todos. Com belos gráficos, tilha sonora considerável, e um ótimo gameplay, Space Harrier chega ao panteão dos jogos que inovaram e não foram engolidos pela própria magia. Fantasy Zone ainda não ficou pequena, e mesmo com um mercado inviável para games desse estilo hoje, aguardamos que a dignidade da série seja mantida.
                                         






Média final: 8,6 


Se você gostou da resenha, ajude o LifeBar a melhorar! Nos mande o seu comentário, crítica ou sugestão no menu abaixo, através da página do cast no Facebook ou por e-mail e divulgue a matéria para os amigos. Obrigado!

Por: Vitor Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente com cuidado. Estamos de olho.