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11 de julho de 2015

Análise - Scarface (1983)



Poucos filmes despertam e interagem com o espectador em múltiplos campos. No caso de Scarface você passara pela política, pelo mundo do crime, pela heresia da traição, pela luxuria de um homem poderoso, pela ética e pelas fraquezas do homem mais poderoso. Guiando-o pela trajetória de Tony Montana, da ascensão até a derrocada – Scarface é um dos melhores filmes do seu gênero em todos os tempos.


A trama conta a história de Tony Montana - interpretado pelo lendário Al Pacino em uma atuação inspirada - um cubano que foi aos Estados Unidos no inicio dos anos oitenta, sendo um exilado político de Cuba, já que o mesmo era opositor do governo de Fidel Castro. Tony adentra o mundo das drogas e do crime, e tem uma ascensão criminosa dentro da gangue é meteórica.  Ele se torna peça importante dentro da gangue, até que os eventos do filme o fazem se tornar um opositor aos serviços da mesma – que o destino que escolheu leve ele ao seu apogeu em pouco tempo, mas a sua queda ainda mais meteórica que culmina em sua morte.

Tony tem uma personalidade forte e marcante, não tem papas na língua para falar e não mede esforços para conseguir o que deseja. Possui ainda personalidade violenta quando contrariado, mas mostra ética quanto a sua família e tem o principio de não matar crianças e suas respectivas mães. Entretanto demonstra um relacionamento de ciúmes excessivos quanto a sua irmã, de forma quase incestuosa – e o personagem revela sentimento apenas uma vez, quando pede Elvira (Michele Pfeiffer) em casamento, sendo este o estopim para que o mesmo execute o seu antigo chefe e se torne um senhor das drogas.

Al Pacino nos entregou um personagem complexo, embora seja fácil definir Tony Montana em poucas palavras, o personagem não é constante – e o filme mostra inteligência em nos mostrar o que a maioria dos filmes não faz, não apenas revelando fraquezas, mas que Tony molda seus sentimentos em seus próprios princípios. A atuação de Michele Pfeiffer, em um dos seus primeiros filmes, é digna de nota – enquanto personagem é a única a bater de frente com Tony. Outra atuação destacável é a de sua irmã – Gina, interpretada por Mary Mastrantonio – que mostra uma personagem que vive sob a sombra e os cuidados exagerados de Montana.


A trilha sonora do filme se divide em duas partes – as trilhas orquestradas que não se destacam muito, e as músicas que se tornaram hits e alguns dos símbolos dos anos oitenta. As músicas são aquelas que cansamos de ouvir na rádio flashback de Grand Theft Auto III, além de algumas que fazem a regra em festas temáticas ou formaturas de faculdade. A trilha conta com Amy Holland, Paul Engemann e Debbie Harry – não é pouco.

As cenas de ação são boas – e destaque a para a sequência final, uma das melhores cenas de ação do cinema – e foram até mesmo acusadas de sanguinolentas demais no seu lançamento. Por outro lado, uma das poucas críticas possíveis ao filme é com relação a sua edição. O filme possui algumas mudanças e transições abruptas, sem tomadas ou transições em certos momentos, que podem tornar a coisa um pouco direta demais. Apesar disso, não se engane, a fotografia do filme é absurdamente bonita – me parece que isso foi mais um pequeno deslize de edição.

Scarface é um clássico inegável de seu tempo. As atuações são magistrais e o seu protagonista é referência a qualquer filme do gênero – talvez um dos mais referenciados desde os personagens de O Poderoso Chefão – e mesmo seus coadjuvantes foram competentes ao acompanha-lo. Com poucos erros, com uma trama que o guiara por quase duas horas e quarenta de filme e cenas de ação das mais bem executadas, o filme traz a mistura da profundidade com ação tão cobrada nos dias de hoje, e que poucos atingem de verdade. Scarface atingiu, e talvez seja melhor conhecer meu pequeno amigo.


Nota Final - 09/10



Por: Vitor Oliveira

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