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26 de junho de 2015

Análise - 007: Nightfire (PS2/GC/XBOX)



É sempre triste ver uma obra com belo potencial seguindo caminhos tortuosos e cometendo pecados capitais que o façam ser esquecido rapidamente.  O jogo “007: Nightfire”  traz tudo o que a franquia tem de melhor – a abertura, história original, stealth, perseguições, tiroteios e as suas bugigangas. Então, o que tem de errado com Nightfire?  Vamos descobrir.



- História

A história de Nightfire não é compartilhada com nenhum filme da franquia  James Bond, mas como ocasionalmente ocorre na franquia, a história começa sem ter relação com o que já ocorreu anteriormente. Na história o empresário Raphael Drake é dono da Phoenix International, uma empresa que busca a paz do mundo realizando acordos para remoção de arsenais nucleares. O MI-6 envia Bond para descobrir suas reais intenções, e logo nota-se que suas intenções não eram boas.

Como um toda a história funciona bem e segue a sempre funcional fórmula de 007, incorporando as mais diversas conspirações globais – e um mínimo de exagero – pra formular um bom roteiro. O roteiro é validade por tentar criar uma história nova – algo que não se vê muito com filmes portados para os games – e é capaz de satisfazer o jogador através de suas curtas doze missões.  Não espere viradas de roteiro ao melhor estilo Metal Gear, nem conspirações militares tão grandes, mas o jogo vai trazer elementos interessantes no roteiro.

- Gráficos

O jogo é de 2002 e usa a mesma engine usada em Quake III Arena, e considerando a época podemos dizer que tem belos gráficos. Os personagens e principalmente os cenários são bem visíveis e nas cenas de perseguição temos várias coisas acontecendo simultaneamente em tela.

A crítica quanto ao sistema gráfico é que nos cenários mais escuros o jogo aparenta ter um aspecto de iluminação pouco prático, embora isso pareça ser mais um erro de level design do que da própria engine. Em alguns cenários encontrar o interruptor que acende a luz da sala, mesmo que não tenha inimigos lá, se torna vital.

- Jogabilidade

Se até aqui tudo funcionava muito bem, aqui temos alguns deslizes que tornam o jogo mediano. A jogabilidade se divide em partes – stealth, perseguição e tiroteios.

A parte de stealth é consideravelmente jogável. A resposta do personagem é um tanto quanto lenta e isso por fazer com que você seja pego algumas vezes. Isso já seria capaz de irritar um punhado de jogadores, mas você consegue driblar a lentidão com um pouco de jeito e prática – além de que inteligência artificial do jogo é baixíssima.

A parte das perseguições tem algumas variáveis – elas acontecem em carros, helicópteros e outros veículos. São as mais divertidas do game, e em geral combinam fugir e atirar ao mesmo tempo. O nível de desafio é interessantíssimo, e estranhamente aqui os tiroteios funcionam muito bem – e são bem dinâmicos.

A parte dos tiroteios tradicionais é irritante e o tempo de resposta é o ponto baixo do jogo. Você consegue jogá-lo mesmo sendo lento, mas eventualmente sua morte e suas derrotas não serão sua culpa. A lentidão torna impossível jogar com uma das armas mais funcionais da franquia 007, a Beretta é a mais lenta e a movimentação da mira é arrastada. É como jogar um jogo de Lightgun pelo mouse, e acredite que isso é suficientemente ruim. A mira funciona melhor com a metralhadora, mas ainda é um tanto quanto lenta em outras armas do arsenal.

- Considerações



Nightfire traz uma bela premissa, com aquilo que todos 007 prometem fazer. Infelizmente, o jogo peca na jogabilidade, mas ainda oferece diversão nas perseguições e algum desafio com a parte de stealth. Não espere que Nightfire entre para sua memória como um jogo inesquecível, pois o jogo tem suas falhas – suas repetições – e seus razoáveis acertos. Em um console cheio de ótimos jogos de stealth e shooters, o jogo “007 –Nightfire” é só um jogo mediano.

Nota: 6.5/10

Por: Vitor Oliveira 


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