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1 de maio de 2015

Análise - Sin City - A Cidade do Pecado



Robert Rodriguez é conhecido por seus filmes cheio de tiroteios, com uma tradicional “galhofa” e mais tiroteios.  O filme “Sin City – A Cidade do Pecado” não foge tanto a regra, mas mostra o lado visualmente belo que Rodriguez ainda não tinha mostrado ao público, – com dedos de Frank Miller na direção do filme. Ousado, um tanto exagerado, mas bem compromissado. Isso é o que deve se esperar de Sin City.

A história de Sin City é baseada em quatro passagens específicas das HQs – The Hard Goodbye, The Customer is Always Right, The Big Fat Kill e Yellow Bastard – e elas foram muito bem adaptadas, se considerar que o filme tem apenas duas horas de duração.

Sin City é ousado, tenta inovar, mas tem alguns poucos erros. Os mais atentos passaram duas horas com um belíssimo filme do começo ao fim, mas os mais distraídos podem pensar que tudo é simultâneo. E essa é a grande falha – Robert Rodriguez e FraMiller nk pensaram em Sin City como um filme para fãs, e não para todos – embora não seja impossível entende-lo sem ser fã da obra original. O roteiro facilita à compreensão dos personagens – que estão ótimos no filme - mas a linha cronológica tortuosa tende a comprometê-lo.

Visualmente falando, Sin City é um filme belíssimo. Frank e Robert fizeram questão de trazer todo o clima das HQs para o cinema – o filme tem contrastes altos de cinza, com chance apenas para o vermelho e outras cores quentes. Apesar do clima de cores escuras e pesadas, os cenários e personagens não se perdem em meio à escuridão do filme – como eventualmente acontece nos filmes que se propões a serem ‘dark’. E tudo isso com risórios quarenta milhões de dólares.

O filme possui uma cena dirigida pelo sempre amigo de Robert Rodriguez – Quentin Tarantino – que dirigiu a cena de Dwight e Jack-boy no carro. Como sempre, Tarantino caprichou e fez o melhor diálogo do filme em simples três minutos. A narrativa de cada personagem é extremamente coerente, e geralmente é creditada a Frank Miller.



Como um todo, “Sin City – A Cidade do Pecado” é um filme que não poderia ser tão diferente. Com ajustes aqui e ali, poderia ter se tornado uma das mais elogiadas adaptações da década passada, mas os pequenos deslizes o tornam um pouco menor. Ainda ótimo, mas um pouco menor do que poderia.

Nota Final: 08/10


Por: Vitor Oliveira

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