Robert Rodriguez é conhecido por
seus filmes cheio de tiroteios, com uma tradicional “galhofa” e mais
tiroteios. O filme “Sin City – A Cidade
do Pecado” não foge tanto a regra, mas mostra o lado visualmente belo que
Rodriguez ainda não tinha mostrado ao público, – com dedos de Frank Miller na
direção do filme. Ousado, um tanto exagerado, mas bem compromissado. Isso é o
que deve se esperar de Sin City.
A história de Sin City é baseada
em quatro passagens específicas das HQs – The Hard Goodbye, The Customer is
Always Right, The Big Fat Kill e Yellow Bastard – e elas foram muito bem
adaptadas, se considerar que o filme tem apenas duas horas de duração.
Sin City é ousado, tenta inovar,
mas tem alguns poucos erros. Os mais atentos passaram duas horas com um belíssimo
filme do começo ao fim, mas os mais distraídos podem pensar que tudo é
simultâneo. E essa é a grande falha – Robert Rodriguez e FraMiller nk pensaram
em Sin City como um filme para fãs, e não para todos – embora não seja
impossível entende-lo sem ser fã da obra original. O roteiro facilita à
compreensão dos personagens – que estão ótimos no filme - mas a linha
cronológica tortuosa tende a comprometê-lo.
Visualmente falando, Sin City é
um filme belíssimo. Frank e Robert fizeram questão de trazer todo o clima das HQs
para o cinema – o filme tem contrastes altos de cinza, com chance apenas para o
vermelho e outras cores quentes. Apesar do clima de cores escuras e pesadas, os
cenários e personagens não se perdem em meio à escuridão do filme – como eventualmente
acontece nos filmes que se propões a serem ‘dark’. E tudo isso com risórios
quarenta milhões de dólares.
O filme possui uma cena dirigida
pelo sempre amigo de Robert Rodriguez – Quentin Tarantino – que dirigiu a cena
de Dwight e Jack-boy no carro. Como sempre, Tarantino caprichou e fez o melhor
diálogo do filme em simples três minutos. A narrativa de cada personagem é
extremamente coerente, e geralmente é creditada a Frank Miller.
Como um todo, “Sin City – A Cidade
do Pecado” é um filme que não poderia ser tão diferente. Com ajustes aqui e
ali, poderia ter se tornado uma das mais elogiadas adaptações da década passada,
mas os pequenos deslizes o tornam um pouco menor. Ainda ótimo, mas um pouco
menor do que poderia.
Por: Vitor Oliveira
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