Análise - Captain America & The Avengers

Em tempos de Vingadores 2 e toda a atmosfera ao redor do filme, é um pouco deprimente pensar que não podemos levar uma parte de todo aquele universo pra nossa casa. Os vingadores não tem um jogo há muito tempo – desde 1991, quando os Vingadores nem eram tão populares assim, e a Marvel nem sonhava que em vinte anos faria com essa mesma franquia, a terceira maior bilheteria de todos os tempos. Vamos relembrar o clássico do Genesis e Super Nintendo, “Captain America & The Avengers” – o título solitário da franquia.

Em 1991, a saudosa Data East lançou o game para os árcades – e teve um sucesso bem moderado, que faria a maioria dos jogos serem esquecidos se não fosse um jogo de heróis conhecidos. No mesmo ano, vendo a chance de recuperar o terreno perdido ela converteu o jogo para o Mega Drive e o SNES. As conversões eram claro inferiores à versão árcade, mas que mantinham a essência do jogo – e fizeram bem, o jogo não está anos luz do árcade, que nem era tão a frente assim.

- Personagens – 4/5

Dentre os personagens jogáveis estavam Capitão América (que era o protagonista), Visão, Gavião Arqueiro e o Homem de ferro. Cada qual com sua própria técnica e velocidade, alguns com técnicas mais velozes e com alcance menor e outros com técnicas lentas e mais destrutivas. Por isso, podemos dizer que o jogo conseguia incorporar com qualidade os personagens da Marvel – exceto talvez que o Capitão América era um pouco forte demais em detrimento de seus outros três parceiros.

Dentre os vilões estão Mandarim, Fanático, Garra Sônica, Ceifador e até mesmo Ultron – antes mesmo de ele ser relembrado quase vinte e cinco anos depois na telona. Cada um deles é enfrentado durante o jogo – e na trama do jogo, o vilão central é o seu último adversário, o Caveira Vermelha.

- Jogabilidade - 3/5

Captain America & The Avengers é bem simples em jogabilidade – bater, defender, uma combinação de dois botões para soltar o único poder de cada personagem e o dash. O jogo é um pouco lento, e isso mesmo se considerarmos que é um jogo de 1991 – dois anos após Final Fight, por exemplo.

Mesmo com certa lentidão, é possível jogar o jogo – mas se acostumar com o ritmo do jogo é um pouco demorado e pode desanimar quem espera um Beat N’ Up mais dinâmico. Além das fases tradicionalmente no estilo Briga de Rua, o jogo ainda tem fases ao estilo Shoot ‘Em Up – ou familiarizando melhor, os famosos jogos de “navinha” – que acontecem no céu ao até mesmo no fundo do oceano. É uma boa tentativa de mudar o estilo de jogabilidade, e que serve como alternativa ao jogo.

- Gráficos e Áudio 

Sem pestanejar muito – o áudio nas versões Super NES e Mega Drive são ruins e desajeitados. As falas são quase irreconhecíveis, e não fazem frente as falas digitalizadas daquela época. A trilha sonora é repetitiva e nenhuma de fato empolga durante o jogo. Os efeitos sonoros como um todo são bem rasos, e temos impressão de que o áudio foi feito em má qualidade para as duas versões.

Os gráficos usam sprites pequenos, em contrapartida aos jogos de briga de rua da época que buscam sprites maiores e mais detalhados. Os cenários são um pouco melhores trabalhados, mas temos ainda cenários um tanto simplórios – principalmente nos cenários do meio para o final do jogo. O destaque são as onomatopeias quando os personagens são atingidos, como nos próprios quadrinhos.

- Conclusão

O jogo consegue ser um bom beat n’ up para consoles e pode ser melhor aproveitado se você jogar com a galera toda. Mesmo uma jogatina de dois jogadores pode ser muito proveitosa para um jogo que traz personagens tão queridos. Infelizmente, mesmo gostando bastante do jogo, não há tanto o que se aproveitar do jogo senão a possibilidade de controlar e enfrentar personagens que tanto gostamos. Captain America & The Avengers é um jogo que envelheceu mal, de verdade.

Nota final - 07/10

Matéria por: Vitor Oliveira