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1 de fevereiro de 2015

Resenha - Bates Motel



Todos conhecemos o que acontece em Psicose, mas são poucos os que realmente conhecem os assassinatos que assolaram o hotel que dá nome a série – o Bates Motel. Se a história adaptada por Hitchcock e suas cenas mais lembradas são intocáveis, a série de mesmo nome traz um suspense competente para a tela do A&E (Universal, no Brasil) e que certamente não trará nenhum remorso aos fãs de Alfred.

A história narra os eventos a partir da morte do pai de Norman Bates (Freddie Highmore), que faz com que sua mãe Norma Bates (Vera Farmiga) compre um Motel para recomeçar sua vida após o trágico evento presenciado por Norman – além de todas outras coisas que são citadas durante o decorrer dessa temporada.


O enfoque dos autores não se perde no limbo de uma atuação presa ao filme – e na verdade, exploram de forma convincente o passado e passam de forma sóbria e sem efeitos no futuro. Sem medo de criar personagens que não estão presentes na trama original, a trama ganha uma ambientação contemporânea e ganha seu próprio charme. O Bates Motel ainda é o de sempre, mas prepare-se para encontrar celulares e notebooks que Hitchcock certamente não havia sequer sonhado em 1960.

A atuação dos personagens centrais da trama é surpreendente – formado por um elenco não tão estrelado, mas ainda assim competente, a série ganha pontos pela autuação convincente de seus três principais personagens: Freddie Highmore (Charlie and the Chocolate Factory), Vera Farmiga (Up in the Air) e Max Thieriot (The Pacifier). Todos os personagens estão bem caracterizados – e mesmo o jeito britânico de Highmore combina com o calmo e até então inofensivo Norman Bates.

Como qualquer série que se proponha a contar eventos de um futuro já definido, o roteiro está limitado a eventos que certamente devem acontecer – exceto claro se a série parar antes de os eventos que antecedem dez anos antes de Psicose. Os roteiristas por um lado, ao menos na primeira temporada não pareceram se importar com isso – criaram personagens que mesmo com sua data de validade seguiram na trama. Traçando perfis de loucura para Norman e seu início de deslocamento mental, e de sua insegura e desconfortável mãe, a série prende mesmo os que não conhecem a obra que a originou.

Em todos os momentos, as reviravoltas serão presentes – e todos os eventos que jamais foram citados por Hitchcock e mesmo no livro, estarão ali de alguma forma – assassinatos extras, prostituição e todos os problemas de uma crítica razoável.  



Bates Motel é uma boa oportunidade para os que não são entusiastas do consagrado filme que já marca quase cinquenta e cinco anos. Com atuações exemplares e competentes, um bom roteiro próprio, é uma série com sua própria dignidade e que não se apoia de forma alguma no sucesso de uma obra de mais de meio século de idade.



Por: Vitor Oliveira


Um comentário:

  1. Gostei dessa série quando vi no universal. Vale a pena demais mesno quem não gosta do filme como eu

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