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4 de janeiro de 2015

Análise - Golvellius - Valley of Doom (SMS)



Há uma coisa que as pessoas precisam saber sobre quem está fazendo esse review – eu sempre gostei mais do Master System que do Nintendinho. Nunca neguei o valor do console da Big N, mas o console da SEGA me traz uma carga emocional diferente. Por isso fiz questão de que o primeiro jogo fosse desse console.



Para melhorar, esse jogo é um dos meus favoritos do Master System.

Golvellius - Valley of Doom é um RPG de ação que se destacou já quando o console caminhava a ser substituído pelo Mega Drive em 1988, uma nova versão de um jogo do MSX. A produtora do jogo era a Compile, uma publicadora e desenvolvedora de jogos pouco conhecida no ocidente. Pra alguém que tentava variar em um RPG, um gênero recém-nascido nos videogames – e cheio de fãs bem conservadores – a Compile se saiu melhor do que seu mais otimista funcionário podia esperar.

- História


O jogo começa em Valley of Doom, após Kelesi – o protagonista – encontrar um buraco próximo a um riacho em seu reino. Anteriormente sua irmã partira em busca de uma cura para o rei e jamais regressara, motivando seu irmão a procurá-la. Por outro lado, Valley of Doom reserva ainda mais segmentos de história – e digo ainda que conta, veja só, com uma virada de roteiro muito digna para a época.

 O jovem que busca a irmã acaba buscando pelos sete cristais que dão passagem ao Golvellius – e a princípio não se faz menção se é uma pessoa ou um lugar. Por isso o jogo consegue prendê-lo de alguma forma a história – que embora tenha sido resumida em apenas quatro linhas, nos faz aguardar pelo seu desfecho. Méritos a produtora que soube criar algo tão simples, mas que funciona.

Sem roteiros mirabolantes, o jogo é detalhado e muitas vezes encontramos NPC’s que nos dão detalhes sobre Golvellius e sobre o universo no qual estamos inseridos. Algumas vezes informações inúteis, mas ainda assim acrescentam algo a história do jogo.

 Simplicidade com arroz e feijão. – 08/10


Jogabilidade 



Aqui é o ponto alto de Golvellius. O jogo começa logo de cara com uma jogabilidade plataforma – e confesso que quando joguei pela primeira vez não consegui passar dessa parte e fiquei um tempo achando que o jogo era aquilo. A jogabilidade em plataforma é interessante e lembra o side-scrolling Zelda II que segue essa linha de jogabilidade. Se é bem divertida e varia o modo principal de jogo, para andar para trás é só através de moonwalker. Não custava uma animaçãozinha de virar.

A jogabilidade principal é a visão clássica que estamos habituados na série Zelda em 2D. Vemos o personagem a maior parte do tempo de cima, e aqui não há muitos problemas. A jogabilidade pode parecer um pouco truncada, mas quando se acostuma o jogo flui tranquilamente – afinal, aqui só se tem um botão para bater.

O último modo é similar ao dos shooters como Ikari Warriors, com o personagem correndo sozinho – mas nesse caso temos apenas uma espada. Arrisco dizer que esse modo é tão divertido quanto o de plataforma, e alguns desafios são impostos pela movimentação progressiva da câmera que não hesita em te matar caso fique pra trás.

O ponto fraco da jogabilidade é que não há muita variedade de armas e equipamentos, embora alguns sejam adquiridos durante o jogo. Eventualmente teremos um escudo, mas em geral isso é o que teremos para o jogo todo. Sem grandes variedades – mas nada que vá tirar muitos méritos do game que não se foca nesse tipo de puzzle.

Variedade que todo RPG deveria tentar. – 09/10


- Som e Gráficos

Os gráficos não são incríveis, mas tampouco são ruins. Não há nada impressionante, embora seja relativamente bem colorido, o jogo pouco usa da vantagem de cores do Master System e menos ainda da vantagem de cores simultâneas. O personagem possui uma animação bem feita na visão de cima, mas os dois modos extras têm animações mais simples – ainda bonitas, mas bem simples.

O som por outro lado é incrível. O hardware do Master System permitia belos sons e assim foi feito pela Compile. Há músicas que ficam grudadas na cabeça – e com isso podemos ter em mente que é um console oito bits, e isso significa muito – e que podem ser cantaroladas depois, e com quase certeza serão. Um som de botar inveja em grande parte dos jogos da época.

Simplicidade e qualidade. Gráficos 07/10 e Som 10/10


 - Considerações finais:


O jogo é um clássico necessário para o Master System, chamado por muitos de Zelda do console da SEGA, é um jogo que não deve nada ao seu concorrente da época. Com uma aventura que prende o jogador, músicas cativantes e uma jogabilidade interessante – e corajosa, não é fácil misturar jogabilidades em um RPG de ação – o Master System tem um dos melhores RPG’s de ação de seu tempo.

Vida longa ao grande RPG de Ação do Master System.



Média final:  -- 8,5




Autor: Vitor Oliveira.


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